2018.1
Sessão: O Jovem Marx
Data: 16 de março de 2018
Palestrante convidado: Prof. Márcio Moraes Rutkoski
Informações adicionais:
O filme O Jovem Marx conta a história de jovens rebeldes que produziram com suas ideias, livros e manifestos uma revolução intelectual com repercussão até hoje no mundo capitalista. É o encontro dos jovens Marx-Jenny-Engels-Mary Burns e sua luta para entender a situação da economia do seu próprio tempo e dar uma nova base teórica para entendermos a economia e sociedade capitalista.
O Jovem Marx reconstituía, em linguagem cinematográfica, a história da formação intelectual de Marx e Engels, da batalha para a sobrevivência de suas famílias, dos exílios para se livrar das perseguições políticas e da luta para formar um movimento dos trabalhadores com uma crítica ao presente e uma alternativa para o futuro. É a história da trajetória de Marx e Engels no movimento dos trabalhadores que culminou na formulação do Manifesto Comunista e com a ideia de escrever mais livros sobre o capitalismo.
É sempre bom conhecer uma versão da história do Marxismo. O filme mostra que Marx e Engels fizeram uma crítica ao capitalismo e à situação da classe trabalhadora. É um incentivo a conhecermos a história do capitalismo e do movimento comunista. É um incentivo a superar preconceitos e a estudar suas ideias. Marx e Engels fizeram uma revolução intelectual que todos devem conhecer, seja para criticar,
seja para melhorar.
Portanto, uni-vos para assistir o filme.
Sessão: A Qualquer Custo (Hell or High Water)
Data: 5 de abril de 2018
Palestrante convidado: Profa. Patrícia F. F. Arienti, Prof. Gus. Cochran e Estudantes do INEU/UFSC/INCT
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A crise financeira afetou não apenas Grécia e Brasil mas também o interior dos EUA.
Recentemente, filmes sobre Estados Unidos quebraram a tradição de não criticar suas instituições. A crise financeira de 2008 provocou uma incompreensão e revolta tão grande que produziu uma série de filmes sobre a incapacidade das instituições apoiarem os cidadãos da mesma forma que resgataram o sistema financeiro. A Qualquer Custo (Hell or High Water) representa esta crítica a partir da vida do interior dos EUA, dos cowboys contemporâneos que resolvem fazer justiça por seus próprios meios.
A história central de A Qualquer Custo é de dois irmãos que assaltam bancos para conseguir dinheiro e resgatar a hipoteca de seu rancho. São perseguidos por dupla de patrulheiros e pela população local armada. Os irmãos roubam dinheiro não da população mas do próprio banco que está prestes a liquidar seus empréstimos e tomar o rancho com poços de petróleo. Todos fazem justiça com suas próprias mãos, sejam os irmãos assaltantes, os patrulheiros, a população local, como se todos fossem inimigos de todos, ou comanche, como em uma cena do filme.
As histórias paralelas dão grande valor ao filme e mostram sua intenção de fazer crítica àquela vida abandonada. O contexto econômico, social e territorial do filme mostra o interior dos EUA abandonado pelo governo, afetado pela crise econômica e dependendo da persistência da sua população. A combinação de preconceito e companheirismo do xerife e seu ajudante é para ser observada como as contradições dominam relações pessoais. A falta de amor dentro de uma família promove comportamentos diferenciados entre irmãos mas ambos são magoados pela miséria, falta de perspectiva e desejo de sair daquela situação, seja pela aventura, seja por uma vida melhor aos seus filhos.
A crise financeira afetou não apenas a Grécia e o Brasil, mas também o interior dos EUA. Os filmes americanos contam a história de sua própria cultura, nós, no Brasil, ainda iremos contar.
Sessão: Gagarin, o Primeiro Homem no Espaço
Data: 11 de maio de 2018
Palestrante convidado: Prof. Fred Leite Siqueira Campos
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A economia política da União Soviética e a corrida espacial: realização econômica e tecnológica ou propaganda socialista?
Do original (em língua russa): ”Гагарин. Первый в космосе”; trata-se de um filme russo, de 2013, que é uma cinebiografia do primeiro homem a ir ao espaço (Yuri Alekseievitch Gagarin). O filme conta com uma ótima recriação de época, com locações fantásticas e efeitos especiais de primeira linha, principalmente na recriação da viagem da Vostok, que contribuem para tornar o longa muito bom. Também, é um bom exemplo das formas russas de contar histórias e de arte: diferentemente do que se está acostumado (com a arte dominante Ocidental) não há maniqueísmos e o herói da humanidade (Gagarin) é apresentado como um homem ”comum” com qualidades, defeitos (e até uma certa – e real – ingenuidade).
Como pano de fundo, o filme apresenta a ”Corrida Espacial”. Ocorrida na segunda metade do século XX, entre a União Soviética – atual Rússia e os Estados Unidos pela supremacia na exploração e tecnologia espacial. Entre 1957 e 1975, a rivalidade entre as duas superpotências, durante a Guerra Fria, focou-se em atingir pioneirismos na exploração do espaço, que eram vistos como necessários para a
segurança nacional e símbolos da superioridade tecnológica e ideológica de cada país.
A corrida espacial envolveu esforços pioneiros no lançamento de satélites artificiais, voo espacial tripulado e viagens tripuladas à Lua. A competição, efetivamente, começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1, em 4 de outubro de 1957, e terminou com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz, em julho de 1975. Deve-se destacar, aqui, que os esforços (econômicos/tecnológicos) russos/soviéticos à exploração espacial foram e são as bases da exploração espacial moderna.
